O Ministério da Justiça negou na tarde desta segunda-feira que detentos do presídio de Catanduvas (PR) tenham ordenado a invasão ao morro dos Macacos, na zona norte do Rio, neste fim de semana. A declaração do ministério contraria informação dada mais cedo pela Secretaria de Segurança Pública do Rio, que afirmou que a invasão ao morro foi articulada por chefes da facção CV (Comando Vermelho), que estão na unidade federal.
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Entre os presos em Catanduvas está Márcio dos Santos Nepomucemo, o Marcinho VP --ligado ao CV--, mas a polícia não divulgou os nomes dos criminosos que estariam envolvidos no planejamento do ataque.
De acordo com nota divulgada na tarde de hoje pelo ministério destaca que o "serviço de inteligência do Sistema Penitenciário Federal e todo o aparato de segurança presente nas unidades não permitem comunicação com o ambiente exterior".
Em disputa pelos pontos de venda de drogas, traficantes do morro São João --controlado pelo CV-- e aliados invadiram o morro dos Macacos, controlado pela ADA (Amigos dos Amigos). Após dois dias de confrontos, a madrugada desta segunda-feira foi tranquila no Rio. Até o momento há registro de 21 mortos em decorrência dos confrontos, sendo três policiais militares, três moradores e 15 suspeitos.
Durante a ação, um helicóptero da Polícia Militar caiu após ser atingido por disparos. A aeronave explodiu após um pouso forçado, causando a morte de três policiais militares; outros três ficaram feridos. Na manhã desta segunda, a PM afirmou ter apreendido um rifle. 30 que pode ter sido usado para derrubar o helicóptero.
O Ministério da Justiça ainda afirmou que o diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Damazio, conversou com o secretário de Segurança Pública do Rio, Mariano Beltrame, que negou que a informação tenha partido da inteligência da Polícia Civil do Estado.
Ainda na nota, o ministério afirmou que há 26 detentos do Rio cumprindo pena em penitenciárias federais de segurança máxima, e que desde que entraram em funcionamento, há mais de três anos, não se registrou nenhuma morte, fuga, rebelião, entrada de aparelhos celulares ou armas.
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Ministério nega que ordem para invadir o morro no Rio tenha saído de presídio
Postado por Marcos Marreiro às segunda-feira, outubro 19, 2009
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