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Pelo menos 900 são detidos em protestos em Copenhague

A polícia de Copenhague anunciou ter detido 900 manifestantes neste sábado, durante uma passeata que partiu do centro da capital dinamarquesa e percorreu 6 quilômetros até o centro de convenções onde acontece a conferência da ONU sobre o clima.

Apesar de o ato ter sido pacífico, alguns jovens atiraram tijolos contra a sede da Bolsa de Valores dinamarquesa, e os policiais entraram em ação para realizar o que chamaram de "detenções preventivas".

Imagens de televisão mostram os policiais colocando os manifestantes detidos sentados em filas na rua, com as mãos amarradas atrás das costas.

Segundo o enviado especial da BBC a Copenhague, Matt McGrath, uma fonte próxima ao governo dinamarquês disse que a maioria dos detidos seriam mantidos por até quatro horas, enquanto outros serão levados a juízes dentro de 24 horas.

A polícia informou que a manifestação contou com até 30 mil participantes. Mas organizadores dizem que reuniram mais de 100 mil pessoas.

Futuro

Os manifestantes levavam faixas pedindo ação imediata em frases como "A natureza não pode fazer acordo", "Não temos plano B" e mensagens defendendo direitos povos indígenas e de países pobres.

Ativistas calculam que cerca de 500 organizações não-governamentais participaram do protesto seguido por uma vigília à luz de velas em frente ao centro de convenções.

Entre participantes anônimos de todo o mundo, fantasiados de ursos polares, marcianos e outros personagens, estavam personalidades como a modelo Helena Christensen, o arcebispo Desmond Tutu, o líder da igreja anglicana, Rowan Williams e a ex-comissária para direitos humanos da ONU Mary Robinson.

Só o Greenpeace afirmou ter reunido representantes de 32 países para participar da passeata. "A nossa mensagem para os mais de 120 chefes de Estado que chegam na semana que vem a Copenhague é unida, é global, é alta e clara: chegou a hora de nos unirmos e o futuro é agora", disse o diretor-executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo.

A reunião da ONU entra em sua última e decisiva semana nesta segunda-feira. Chefes de governo de cerca de 150 países são esperados no encontro até a sexta-feira, quando se encerram estas discussões para avançar na definição de um acordo de redução de emissões de gases que causam o efeito estufa.

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