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Para Lula, morte de Zilda foi "perda para o mundo"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou hoje, falando à imprensa após deixar o velório de Zilda Arns, que o momento vivido no Haiti não é fácil pois se pode considerar que, além dos soldados brasileiros mortos, os quatro que continuam desaparecidos também podem ter morrido. Lula citou ainda "um funcionário brasileiro nas Nações Unidas" (Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade da ONU no Haiti), que também continua desaparecido.

Com relação à morte de Zilda Arns, o presidente disse que "foi uma grande perda para o Brasil e para o mundo". Para Lula, "todas as pessoas que morreram (em consequência do terremoto) estão simbolizadas na figura de Zilda Arns".

Lula revelou ter dito à família Arns, com a qual se reuniu por 45 minutos no Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná, que nessa hora em que todos choram o importante é que as ideias de Zilda tenham encarnado na mente dos brasileiros. "Que a partir do exemplo dela todos nós sejamos mais solidários e humanistas", acrescentou.

O presidente encerrou sua entrevista dizendo que tem a certeza de que Zilda não se arrependeria de nada do que fez. "Se voltasse a viver, ela faria tudo outra vez, inclusive voltaria ao Haiti."

Lula passou uma hora e dez minutos no Palácio das Araucárias, seis deles no velório, acompanhado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Também estiveram no velório os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Ideli Salvatti (PT-SC) e Álvaro Dias (PSDB-PR), o prefeito de Curitiba, Beto Richa, o chefe de Gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e os governadores de Santa Catarina, Luiz Henrique Silveira (PMDB), e do Paraná, Roberto Requião (PMDB).

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