Amanhã completa 30 dias de greve dos professores da rede estadual de ensino, mas a categoria vai tentar, hoje de manhã, uma nova audiência com a governadora Wilma de Faria e o Comitê criado por ela, integrado pelos secretários da área econômica e mais o chefe do Gabinete Civil, para pôr fim ao impasse, já que o magistério insiste na reposição da inflação de 17% dos últimos três anos.
A coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte), Fátima Cardoso, explicou que, seja qual for o resultado da reunião de hoje, caso venha ou não a ocorrer, está prevista outra assembleia com a categoria, na manhã desta quinta-feira, dia 7.
Mesmo com a decisão do governo de cortar o ponto dos grevistas, segundo ela, na reunião de ontem à tarde, na Escola Winston Churchill, Centro, a categoria voltou a deliberar pela continuidade da greve, por entender que o governo Wilma de Faria trabalhou “para que as questões funcionais permanecessem em atraso” por todos os sete anos do seu governo.
Fátima Cardoso lembra que os professores recuaram de sua proposta inicial de um reajuste salarial de 39%, reduzindo o índice para 17%. Outras reivindicações são a antecipação das promoções horizontal e vertical de agosto para junho, a incorporação de gratificações e criação de uma comissão para discutir o plano de carreira do magistério público.
A sindicalista informa que não tem como esconder a informação sobre o universo da paralisação, “até porque o governo sabe disso”. Mas até hoje, 80% das escolas estaduais do Rio Grande do Norte estão paralisadas. Em Natal, o número de escolas sem aulas são 22, enquanto 47 estão parcialmente paralisadas e 40 estão funcionando normalmente.
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