Carlos: “Não havia como eu ficar no PSB”
Ana Amaral/DN
Em entrevista coletiva, Carlos Eduardo falou dos planos no comando do PDT O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves confirmou ontem que está deixando o PSB para assumir a presidência estadual do PDT, sem romper politicamente com a governadora Wilma de Faria (PSB). De acordo com ele, a principal condição para fazer essa opção foi o compromisso de manter-se na oposição à prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV). Carlos Eduardo declarou que vai fazer um trabalho interno para que o PDT migre para a base de apoio ao governo do estado e vai atuar como defensor da reprodução da aliança do presidente Lula no Rio Grande do Norte nas eleições 2010.‘‘Saio sem divergência política com a governadora, embora, como a própria imprensa bem sabe, porque tem noticiado, com algumas dificuldades com alguns setores do partido’’, afirmou Carlos Eduardo. O ex-prefeito reafirmou que sua decisão foi resultado de uma série de episódios envolvendo a bancada do PSB na Câmara Municipal como a votação do Plano Diretor de Natal e o Decreto Legislativo que questionava a legalidade de contrato entre a prefeitura e o Banco do Brasil. Ele disse que conversou com a governadora Wilma de Faria por três ocasiões, sendo a última delas na segunda-feira. ‘‘Não havia como eu ficar e eu sou livre, sou independente. Eu tenho a crença de que o maior valor absoluto da vida é a liberdade’’, acrescentou.O ex-prefeito de Natal informou que, ao lado da governadora Wilma de Faria, irá trabalhar pela união dos partidos que integram a base do presidente Lula nas eleições do próximo ano. ‘‘Eu acho que, se a nível de governo federal nós estamos juntos, eu creio que não há maiores dificuldades de se buscar essa aliança aqui. Agora, isso percorre um caminho, é um processo’’, explicou.Ele negou que tenha firmado algum acordo com a governadora para apoio à candidatura dela ao Senado e, em contrapartida, reconhecimento de sua pré-candidatura ao governo dentro do sistema governista. ‘‘Não. Nós concordamos de que juntos buscaremos a unidade de todos os partidos que estão juntos em Brasília e que não mediremos esforços de juntar isso em 2010 sem falar em candidaturas. Agora, eu mesmo já declarei, e nunca é demais repetir, que, diante desse quadro de candidatos ao Senado, as candidaturas são Garibaldi e Wilma’’, afirmou Carlos Eduardo. O ex-prefeito de Natal questionou a conduta de parte dos vereadores do PSB que passaram a cobrar dele uma maior aproximação com o diretório municipal do partido e de, na condição de presidente da legenda, promover o debate interno. ‘‘Você sai da prefeitura, você vê grande parte da bancada entendida com Micarla, o líder é do PSB, você numa discussão pública com a nova administração. Simultaneamente a essa solidariedade da maioria dos vereadores à administração de Micarla, todo dia um vereador dizendo tem que ficar, tem que sair. Todo dia a mesma ladainha. Eu sou um homem livre. Eu não sou obrigado a ficar nesse tipo de situação não. Tudo tem seu limite. O partido decidiu, por maioria de votos, em convenção, apoiar a candidatura de Fátima. Então o partido era para estar na oposição. Isso não é mais um problema meu, é da governadora. O que ocasionou isso é que eu deixei a prefeitura e não tenho mais nada a oferecer a eles. Quando eu fui prefeito não existia isso’’, declarou Carlos Eduardo Alves.
Flávia UrbanoDa equipe do Diário de Natal
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