O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem o desenvolvimento de uma nova ferramenta que permite localizar a incidência de pobreza em nível de municípios. O projeto mapeou em DVD a pobreza e desigualdade a partir de dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 e do Censo 2000. A cidade apontada pela pesquisa como a mais pobre do Rio Grande do Norte é Bento Fernandes, na mesorregião agreste, situada a 88 Km de Natal. Ela é a 27ªmais pobre do Brasil, enquanto a primeira é Campos Lindos, no Tocantins.
De acordo com o IBGE, o projeto disponibiliza a distância média dos pobres em relação à linha de pobreza (hiato) e a desigualdade entre os pobres (severidade ou profundidade da pobreza). O mapa foi produzido pelo IBGE em parceria com o Banco Mundial. O Mapa da Pobreza e Desigualdade é um DVD com um sistema interativo de consulta a mapas digitais e dados numéricos referentes aos indicadores de pobreza sociais, econômicos e territoriais relacionados ao fenômeno.
Além da distribuição espacial da pobreza no país, representada nos mapas, através das tabelas que compõem o sistema foi possível selecionar os municípios que, em 2003, tinham mais da metade de sua população vivendo na pobreza absoluta - 32,6% dos municípios.
Em relação à desigualdade, segundo o Instituto, foram selecionados os municípios mais desiguais - 40,7% das cidades - e que apresentavam estimativas acima de 40% para esse indicador. Em 2003, o Nordeste tinha 77,6% de municípios com mais da metade da sua população vivendo na pobreza, porém a desigualdade era menos intensa.
Considerando os indicadores dos municípios com mais de 50% de pobreza e com o indíce que mede a desigualdade superior a 40%, a pesquisa levantou dados que apontam para uma tendência de concentração de maior incidência da pobreza em municípios de menor porte. A desigualdade é maior nos municípios mais populosos.
Em caso extremo de pobreza no ano de 2003 estavam os 13 municípios brasileiros com mais de 1 milhão de habitantes: não havia município com mais de 50% de pobres, mas a desigualdade acima de 40% abrangia todo o grupo.
MEDIÇÃO
Segundo o IBGE, a medição da pobreza absoluta na pesquisa é realizada através de critérios definidos por especialistas que analisam a capacidade de consumo das pessoas, sendo considerada pobre aquela pessoa que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e de bens mínimos necessários a sua sobrevivência.
O DVD traz uma vasta coleção de mapas com temas diversos que podem ser úteis para análises da pobreza e da desigualdade, somando 400 mapas. Dentre os temas, estão Economia, População, Educação, Saúde, Domicílio e Saneamento Básico, Físico, Político, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Indústria e Serviços, Agropecuária, Urbanização e Infraestrutura.
VINÍCIUS MENNA
DA EQUIPE DO DIÁRIO DE NATAL
De acordo com o IBGE, o projeto disponibiliza a distância média dos pobres em relação à linha de pobreza (hiato) e a desigualdade entre os pobres (severidade ou profundidade da pobreza). O mapa foi produzido pelo IBGE em parceria com o Banco Mundial. O Mapa da Pobreza e Desigualdade é um DVD com um sistema interativo de consulta a mapas digitais e dados numéricos referentes aos indicadores de pobreza sociais, econômicos e territoriais relacionados ao fenômeno.
Além da distribuição espacial da pobreza no país, representada nos mapas, através das tabelas que compõem o sistema foi possível selecionar os municípios que, em 2003, tinham mais da metade de sua população vivendo na pobreza absoluta - 32,6% dos municípios.
Em relação à desigualdade, segundo o Instituto, foram selecionados os municípios mais desiguais - 40,7% das cidades - e que apresentavam estimativas acima de 40% para esse indicador. Em 2003, o Nordeste tinha 77,6% de municípios com mais da metade da sua população vivendo na pobreza, porém a desigualdade era menos intensa.
Considerando os indicadores dos municípios com mais de 50% de pobreza e com o indíce que mede a desigualdade superior a 40%, a pesquisa levantou dados que apontam para uma tendência de concentração de maior incidência da pobreza em municípios de menor porte. A desigualdade é maior nos municípios mais populosos.
Em caso extremo de pobreza no ano de 2003 estavam os 13 municípios brasileiros com mais de 1 milhão de habitantes: não havia município com mais de 50% de pobres, mas a desigualdade acima de 40% abrangia todo o grupo.
MEDIÇÃO
Segundo o IBGE, a medição da pobreza absoluta na pesquisa é realizada através de critérios definidos por especialistas que analisam a capacidade de consumo das pessoas, sendo considerada pobre aquela pessoa que não consegue ter acesso a uma cesta alimentar e de bens mínimos necessários a sua sobrevivência.
O DVD traz uma vasta coleção de mapas com temas diversos que podem ser úteis para análises da pobreza e da desigualdade, somando 400 mapas. Dentre os temas, estão Economia, População, Educação, Saúde, Domicílio e Saneamento Básico, Físico, Político, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Indústria e Serviços, Agropecuária, Urbanização e Infraestrutura.
VINÍCIUS MENNA
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