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DESAPARECIMENTO DE AERONAVE AS CAUSAS E SUSPEITAS


O mundo procura um avião. O modelo Airbus A330-200 (prefixo F-GZCP), da companhia Air France, partiu do Rio de Janeiro na noite do último domingo e deveria ter pousado em Paris, na França, no final da manhã de ontem. Mas a aeronave, que fazia o voo de código AF 447, deixou de ser captada por radares pouco tempo depois de se afastar da área espacial abrangida pelos controladores brasileiros e antes mesmo de chegar ao espaço aéreo sob domínio senegalês, na África. A bordo, estavam 216 passageiros e 12 tripulantes. O governo brasileiro, com apoio de países europeus, americanos e africanos, traçou uma operação para tentar encontrar possíveis destroços ou vítimas em algum ponto do Oceano Atlântico. Em terra, parentes viveram o desespero de buscar informações em balcões da empresa aérea, tanto no Rio quanto em Paris. As buscas entraram pela madrugada. Se confirmado, o acidente será o primeiro com o modelo e pode ter sido o maior na aviação desde o ano de 2004. O mais grave foi registrado em 1977, quando 583 pessoasmorreram em colisão entre um avião da Pan American e da holandesa KLM, em Tenerife.



Causas

A investigação sobre o incidente seria conduzida pelo Brasil, uma vez que o país foi o últimoa manter contato com a aeronave. As autoridades ainda não sabem, contudo, qual a razão para o avião ter sumido dos radares - justamente em um "ponto cego" para rastreamento entre os continentes africanos e americano. Suspeita-se de uma queda em alto-mar depois de ele ter enfrentado uma turbulência capaz de provocar uma pane elétrica. A hipótese foi considerada a partir dos encadeamento de fatos que antecederam a interrupção no diálogo com a terra. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), A última comunicação ocorreu às 22h33. Nela, os pilotos informam que entrarão em espaço aéreo senegalês em 40 minutos. Quinze minutos após enviar a informação, o Airbus voava a 11 quilômetros de altitude e uma velocidade de 840 quilômetros por hora - ritmo considerado normal.

A Suspeita

A SuspeitaA suspeita, no entanto, é contestada. O coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférca (Elat), do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), Osmar Pinto Júnior considerou a chance de "um em um milhão" um raio sair do topo da nuvem e atingir o avião - uma vez que ele voa acima das formações meteorológica. Ele diz que, nos últimos anos, praticamente inexistem registros de que uma aeronave tenha caído em virtude de uma descarga elétrica. Para o piloto - há 40 anos - e escritor Ivan Sant'anna, há três razões possíveis para o sumiço do avião: pane estrutural, incêndio ouexplosão. "Se fosse pousar, ele teria feito à noite, no escuro, mau tempo e num mar nada calmo", frisou. As dúvidas só serão dirimidas se a caixa-preta do Airbus for encontrada.


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